domingo, abril 26, 2009

Gírias Duvidosas


Dois anos atrás estava conversando com um funcionário de uma empresa e soltei a seguinte:

-Você é um cara cobra, resolve tudo que é pepino.
-Cobra? Como assim?

Como ele é uns 10 anos mais velho que eu, pensei que fosse uma gíria jovem pra ele. Mas essa semana tudo se esclareceu.

Tenho um professor que dá aula pra publicidade como se estivesse na década de 70. “Gente, se o cara for abrir uma franquia deste porte usando catálogos, tem que ser cobra”. Ou seja, usei uma gíria um pouquinho defasada. Muito old school, saca?

Como há tempos deixei de ser jovem e há tempos possuo a síndrome da não formatura universitária, acontece o seguinte. Convivo com pessoas mais jovens e descoladas que eu. E minhas gírias ficam entre estes dois mundos, os cria(teen)vos da comunicação e o meu mundo, com dor nas costas e barriga de cerveja. Ok, este último foi uma força de expressão.

Uma shortlist de gírias e expressões duvidosas e que ainda uso às vezes, foda:

-Legal: acho que não há problemas, mesmo pq deixou de ser gíria. Mas não passa confiança. Bacana é mais adequado, mas não sei por quanto tempo.
-Massa: lembro do exato dia que ouvi essa gíria, eu tinha 12 anos, faça as contas.
-Jóia: quase não uso, mas quando uso fico deprimido nos 30 minutos seguintes.
-Velho: brother seria mais adequado
-Rachide: ninguém mais faz rachide, é mais usual a intera.
-Boate: não sei qual seria equivalente. Balada é muito genérico, sei lá.
-Almoçar: veja, essa juventude não almoça mais, ranga. Essa gíria pode ter conotações safadinhas também.
-Detonar: sem comentários
-Nada a ver: acho que não tem nada a ver.

Tesão, curti este post, achei ducaralho. Agora ajuda ae pô, manda ver na gíria você acha cagada.