Há uns anos atrás, vi uma matéria na TV que falava da simetria do rosto das pessoas. Como isto não é nenhuma novidade, vou relatar uma obsessão que acabei sofrendo. Então, recomendo a quem tiver tendência a TOC que não leia o que vem a seguir.
A matéria falava que a beleza está relacionada à simetria do rosto e corpo como um todo. Quanto mais parecidos nossas metades, tendemos a ser mais belos.
A princípio, isto se tornou um parâmetro a mais para julgar a beleza alheia. Mas com o tempo isso começou a influenciar demais no meu dia-a-dia.
Primeiro, algumas pessoas que eu achava bonitas tornaram-se distorcidas, tortas. Começou a ficar mais difícil de considerar alguém belo, principalmente as mulheres tornaram-se alvos fáceis. Chegou ao ponto de eu não conseguir conversar direito com alguém que tivesse a cara meio desalinhada, principalmente se os olhos fossem fora de prumo.
Tornou-se uma obsessão, eu acabava analisando simplesmente todo mundo, inclusive eu. Cheguei a ponto de não conseguir me olhar direito no espelho. Era como aquela música chata que grava na cabeça, ou quando você percebe a própria respiração e ela deixa de ser voluntária. Quanto mais você tenta esquecer, mais fica gravado em sua mente.
Mas isso foi útil em alguns aspectos. Primeiro percebi, que em filmes e novelas dificilmente alguém é enquadrado de frente, geralmente é um ângulo que mostre a fronte e a lateral do rosto. Isso ajuda a disfarçar os tortinhos.
Por outro lado não conseguia mais ver telejornais, porque os apresentadores estão sempre de frente. Acho que são eles os mais expostos e colocados à prova de suas simetrias ou assimetrias.
Se alguém estiver com vontade de ir até o espelho agora, pense melhor.
sexta-feira, agosto 31, 2007
terça-feira, agosto 28, 2007
Tribaltech 2007
Sou um recluso, então como me levar a uma festa eletrônica? Com convites vip, ora buelas. Eu e minha namorada somos VIP. Ela, Very Important Person, eu, Very Insignificant Person. Logo, ela que tinha os convites.
No evento, perguntei à minha namo se era o bom o set que estava rolando, era um tal de Gui Borato (ficaria mais feliz se fosse Borat). Ela disse “nossa, essa música é fantástica”. Pensei “isso quer dizer que o equipamento não está no repeat, são músicas diferentes rolando”. Por outro lado se tivesse a levado ao show punk do 7Seconds ela iria pensar “porque eles dão uma pausa e repetem a música?”.
Depois comecei observar as pessoas e perguntei se elas estavam sacando as sutilezas que tornavam o set tão do caralho. “Não, duvido muito”. Realmente ninguém estava com cara de se divertir de verdade, praticamente nem dançavam, estavam mais preocupados em observar-se.
Percebi que a diversão dos VIPs é mostrar o quanto são powerful. Ah, tá, isso eu já sabia. Mas como não freqüento eventos VIP, senti pela primeira como a estrutura é bem pensada. Olhei para meu Allstar e orei para o reverendo Greg Graffin “volta Bad Religion”.
Dias depois pensei com mais calma e vi que não podia achar idiota o evento e seus VIPs. Não tinha esse direito. Freqüento eventos de carros antigos e acho o máximo. Sempre sonho com o momento em que vou possuir meu Passat LS 78 original e com uma roda legal e suspensão rebaixada estilo Dub e mostrar quem manda bem nesta merda, suckers!
Bem, cada um mostra o falo à sua maneira.
No evento, perguntei à minha namo se era o bom o set que estava rolando, era um tal de Gui Borato (ficaria mais feliz se fosse Borat). Ela disse “nossa, essa música é fantástica”. Pensei “isso quer dizer que o equipamento não está no repeat, são músicas diferentes rolando”. Por outro lado se tivesse a levado ao show punk do 7Seconds ela iria pensar “porque eles dão uma pausa e repetem a música?”.
Depois comecei observar as pessoas e perguntei se elas estavam sacando as sutilezas que tornavam o set tão do caralho. “Não, duvido muito”. Realmente ninguém estava com cara de se divertir de verdade, praticamente nem dançavam, estavam mais preocupados em observar-se.
Percebi que a diversão dos VIPs é mostrar o quanto são powerful. Ah, tá, isso eu já sabia. Mas como não freqüento eventos VIP, senti pela primeira como a estrutura é bem pensada. Olhei para meu Allstar e orei para o reverendo Greg Graffin “volta Bad Religion”.
Dias depois pensei com mais calma e vi que não podia achar idiota o evento e seus VIPs. Não tinha esse direito. Freqüento eventos de carros antigos e acho o máximo. Sempre sonho com o momento em que vou possuir meu Passat LS 78 original e com uma roda legal e suspensão rebaixada estilo Dub e mostrar quem manda bem nesta merda, suckers!
Bem, cada um mostra o falo à sua maneira.
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