sábado, dezembro 19, 2009

Sem Floreios

Preciso expressar com urgência um sentimento. Eu procuro ser preciso nas minhas posições. O mais preciso possível. Pouco sei florear, enrolar. Mas, sabendo que as pessoas adoram aumentar (eu sei, mas esqueço disso 10 minutos após lembrar) e supondo que todos fazem isso e eu não, acabo sendo julgado abaixo da média. É como disse o sábio Bahls: “Um grande peixe pode parecer menor que os outros, mesmo sendo maior. Faz-se necessário saber vendê-lo”.

Malandro é malandro, mané é mané, certo? Ok, meu passaporte está pronto. E estou fabricando um detector de filhos da puta, afinal sou engenheiro, que é mais digno. Abraços a quem merece.
(em breve, segundo capitulo da novela pombo).


segunda-feira, novembro 23, 2009

Ataque do Pombo

Hoje durante o banho, por estar calor o suficiente, deixei a janela aberta. Tudo transcorria bem, havia xampu, sabonete e água. Costumo lavar o cabelo no final do processo e no instante em que estava no ápice da espuma ouço um barulho que costumo ouvir bastante nas praças da cidade, o bater de asas característico dos pombos. Mal identifiquei esse som e senti que o bicho havia entrado com tudo no box do banheiro e resolver voar um pouco comigo.

Abro os olhos e a espuma naturalmente entra no meu olho. Mas deu tempo de ver que o pombo estava caindo aos pedaços. Entre tentar me livrar da espuma e do bicho, ouve contato físico, infelizmente. Ele se debatia bastante, mas foi diminuindo o ritmo aos poucos, o suficiente para eu sair do box. Enquanto trancafiava o maldito ser, fui terminar de tomar banho na pia.
Eu estava com sujeira e penas pelo corpo, além de um fedor que ia me enjoando aos poucos. Me contentei em lavar o rosto enquanto o bicho foi se acalmando. Puxo a porta do box com calma e lá estava ele, parado de lado, como se estivesse morrendo. Ele estava morrendo. Estava também quase sem penas, com uma pata torta (parecia quebrada cuidadosamente) e apenas um olho. O outro olho, fui perceber que estava colado atrás do meu ombro no dia seguinte.
O pombo estava ainda respirando, pelo movimento do peito. Como ele ia morrer, me comovi e fui chegando mais perto. Ele aos poucos foi levantando a cabeça como se fosse me falar algo, ao estilo dos filmes americanos onde morrem pessoas importantes. Sinto que ele está se contraindo, vai dar o último suspiro. Um pouco mais de tensão e ouço um barulhinho: bang. De sua bundinha sai uma caixinha amarelinha bem pequenininha. Pego o bicho já morto e com cuidado coloco ele no vaso sanitário. Dou o descarga e um adeus.
No chão do box, do meio da merdinha, retiro a tal caixinha amarelinha bem pequenininha e limpo cuidadosamente. Começo a perceber o logotipo conhecido da Fedex aparecer. Não havia endereço, nem identificação do lado de fora. Dentro há um papel com um endereço escrito a mão, bem pequenininho.

sábado, novembro 14, 2009

Poesia de baixo custo

Desta vez a lógica me traiu. O que parecia ser, mas não podia ser, não foi. Foi diferente como foi. Se foi, mas não quer ir como parece que iria, quer ficar. Ainda está. Eu quero que vá, eu quero que não vá, eu não sei. Na verdade sei, mas a deusa lógica diz que não e tenta se apoderar de mim, que digo sim ao que ela diz não.

Sempre tudo foi tão previsível e agora não tem sido. Queria correr e gritar a plenos pulmões “foda-se” mesmo que a lógica diga que no fim só eu me foderei e com pouca poesia. Aliás, poesia é uma merda bonitinha a qual desconheço de fato. Não que eu goste deste texto, é que ele simplesmente passou a existir após um misto de uma ausência, confusão, sono e uma pequena dose de Clonazepan.

Não sei o que serão issos, dissos, gostaria que fosse algo que nunca vai ser. Mas é algo que quero e já é alguma coisa.

PS: prometo q essa é a última poesia que escrevo

sábado, outubro 24, 2009

Video Fántástico Censurado

Dae, galera,

Como boa parte de vcs devem ter visto no Fantástico, a Manu Ebert está participando do desafio 5 meninas e 1 vestido. Como ela manda muito bem na moda, sugiro que votem nela pra dar uma ajudinha e ganhar essa bagaça, afinal ela merece, é a melhor das 5. E tem prêmio surpresa!

Podem votar qtas vezes quiserem:

Link para a matéria:

Agilidade, amanhã é o último dia pra votar e ver o programa. Aliás, a matéria vai ser ao vivo!

E vejam o making of do vídeo q não foi ao ar quase nada. Foi gravado lá no Studio D'Ambrosio:

quarta-feira, setembro 09, 2009

Pequenas Grandes Aventuras


Aventura #1: Corrida a pé

É sábado, dia de feijoada e cerveja. Domingo é dia de dormir até tarde: não neste domingo. Havia a corrida pela “Paz no Trânsito” que começava 8:30am. O Zé ia correr os 10 km (havia a opção de correr 5km) e eu ia dormir, lógico. Mas depois de um convite “corra o quanto vc conseguir, 2 ou 3 km.”, pensei, porque não? Não lembrava qual a última vez que acordei domingo cedo para uma coisa saudável (p. ex., ver o Rubinho na F1 não é saudável).

Comecei a correr, sabendo q passaria no km 2 na frente da minha casa. “Se estiver morrendo, basta entrar e banho”. Corri 3, depois cheguei aos 5. Uma água pra revigorar e corri até o 7. Mas como a sensação de cansaço não aumentou depois do 7 resolvi persistir. Terminei os 10km, cansado, mas foi uma puta experiência, inesquecível.

Aventura #2: Passeio de moto

Depois que o misterioso e indecifrável Anvdré comprou sua CBR300 e o Leo trocou de moto, uma humilde BMW F800S, não tenho mais desculpas para ficar a pé. Não vejo a hora de pegar minha Mobilette 87 !

Fomos pela estrada da Ribeira, depois Bocaiúva do Sul e chegamos em Tunas do Paraná pra tomar uma Coca, parada de praxe da tchurma (essa gíria precisa voltar, rs) das bikes. No posto-lanchonete-boteco-restaurante-açougue fui confundido com um mecânico local. Não sei por que, mas foi engraçado.

Hora de voltar. Começou a entardecer, mas eram 4 da tarde. Apocalipse? Não, apenas uma chuvinha de nada. Mas eu estava bem preparado: camiseta + jaqueta. Fail. Mal começou a chover e estava batendo os dentes. Paramos no povoado mais próximo para eu comprar luvas e um agasalho.

-Eu quero um moletom sem estampa.
-Sem estampa não vai ter, moço. Olha que bonito esse artigo.

Morrer de frio ou gastar 50 pilas em um moletom vida-loka? Nem um, nem outro. Emprestei o forro da jaqueta do Leo e comprei uma luva. Pronto. Fomos embora. Um conselho: não corram de moto na chuva, devagar já é borrador.


segunda-feira, agosto 24, 2009

29


Amanhã faço 29. Isso quer dizer que é o último aniversário que comemoro com o digito 2 na frente. Depois vem o 3. E aí não pára mais. Mas perae.
Quando você faz 28, ainda está tranquilo, porque seu próximo aniversário não será o de 30. Não, eu me recuso!
Tenho ainda 20. Sério, não estou acreditando. E não estou tentando ser engraçado: estou assustado.

sábado, julho 25, 2009

O estranho caso Ecobag


Como comentei ocasionalmente no Twitter fiz algo muito estranho: comprei uma ecobag. Ok, isso não é estranho. Estranho é que eu a uso regularmente para fazer compras no mercado. Acredita?

O processo é simples. Você mantém a sacola no porta-malas do seu carro (esse post também é válido para quem anda a cavalo ou ônibus). Parte muito extremamente difícil 1: lembrar de pegá-la. Feito isso, você chega em casa e descarrega as compras. Parte muito extremamente difícil 2: lembrar de colocá-la no dia seguinte de volta ao porta-malas.

Porém, algo assustador aconteceu comigo. Como eu usava as sacolas plásticas para colocar o lixo da minha casa (mais alguém?) chegou um dia que não havia mais como jogar coisas fora. As sacolas haviam acabado! E agora? Corri para o mercado e fiz uma bela compra, pedi para reforçar com duas sacolinhas e me reabasteci com algumas sacolas plásticas. Ufa.

Peraê, pra que serviu a ecobag? Não queria mais sacolas plásticas, mas não queria gastar com sacos de lixo que poluem da mesma forma.

Dias depois, passando por uma casa de embalagens vi a salvação. Em um canto escuro, havia algo brilhante, branco. Fiquei com medo. Saí da loja. Mas uma voz me chamou para voltar. “Henrique... Henrique... volta, seu cagão!”. Voltei

Era a sacola de plástico Oxi-Biodegradável. Cem (100) sacolas = 5 pilas. Vale a pena! E para o lixo que não é lixo, continuo usando as sacolinhas do demônio que ainda entram eventualmente na minha casa, pois são recicláveis em sua maioria.

Bonito né? Ou vai dar uma de cagão?

sexta-feira, junho 26, 2009

Quando meu filho fizer três ou dez anos


Vou adorar aquela sua timidez que tão bem conheço. Aquela preferência por ficar perto da gente ao invés dos outros. Sua empatia pelo segurança do que está fechado, ou seja, nós. Mas também vou odiar essa quase incapacidade de confiar nos outros, sua dificuldade em dar um sorriso para quem acaba de chegar, seu pavor pelo desconhecido.

Claro vou achar lindo quando ele quiser ter um cachorro, ou gato, e amá-lo bastante, ao invés de maltratá-lo como boa parte dos meninos fazem para se divertir. Vou me emocionar quando ele perguntar embasbacado por que as pessoas estão matando umas às outras nos noticiários. Por outro lado vou ficar puto quando ele não souber reconhecer a maldade nos outros ou mesmo retribuí-la em boa medida quando for atacado por algum certo diabinho.

Acharei bastante maduro quando ele vier me pedir para comprar milhares de coisas no shopping e não fizer um escândalo e se debater chorando quando eu disser não. Mas depois irei refletir se isso não é apenas falta de vontade ou baixo interesse e pelas coisas, também conhecido como bunda-molice.

Suas notas na escola serão excelentes e os professores vão usá-lo como exemplo de bom aluno. Vou adorar assinar seu lustroso boletim com belíssimos resultados. Mas também ficarei muito preocupado ao saber que enquanto isso uma boa parcela dos alunos vai odiá-lo e hostilizá-lo por isso e provavelmente ele não vai saber se defender ou usar essa qualidade ao seu favor. Provavelmente ele vai achar que passar cola é algo errado e não uma possibilidade de se socializar.

Vou ficar feliz ao ver que seus cotovelos e joelhos não estarão constantemente estourados porque ele prefere ficar em casa desenhando ou inventando bricandeiras sozinho. Por outro lado vou achar que ele é muito cagão para pegar sua bicicleta ou skate e provar o gosto do asfalto.

Mas estranhamente, no fim, acho que vou amá-lo na maior parte do tempo.

sexta-feira, junho 12, 2009

Car Hunter


Descobri minha nova profissão. Funciona assim, você quer comprar um carro usado, mas não sabe por onde começar. Então você chama o Car Hunter. Eu vou junto e digo se o carro é joinha ou uma merda remendada ao meio com Durepoxi.

Pois bem, por enquanto é brincadeira, mas estou de verdade ajudando um amigo a comprar um carro usado. Vou contar dois acontecidos, bem medonhos.

1- Fomos a uma mega garagem, devia ter mais de 200 carros, não sei, eram muitos. Olhei basicamente todos e confesso que saí de lá quase passando mal. Por que? Amo carros e parecia que eu estava num filme de zumbis! TODOS que vi, menos os zero km, tinha sido repintados. A média eram carros reformados da pior forma possível, com acabamentos medonhos e peças de segunda. E tinha carro 2008 nesse estado.

2- Fomos a uma Concessionária VW (podia ser FIAT, etc) onde o nível dos usados é melhor. Quando meu brother foi a primeira vez, sozinho, a história é que seriam vários carros de uma frota, revisados, 2006, em perfeito estado. Convite para a família ver os carros, tudo lindo. Mas eis que surge a minha pessoa.

O primeiro que vi tinha sido repintado em várias partes com direito a respingo de tinta branca nos cintos de segurança e grade dianteira. Furos dos parafusos do pára-choque traseiro enferrujados e trincados. Esse era o carrinho bom. O ruim, o vendedor teve que admitir que não ia ser vendido ali de tão medonho (ia ser repassado para um garagista picareta qualquer). Bom, mas e se eu não tivesse aparecido? Será que o vendedor iria admitir que o carro estava ruim?

Ah, teve outra passagem linda. O carro mais bonito do pátio, filé total, tinha acabado de chegar. Perguntei o preço ao vendedor, mas ele mal sabia. Disse que queria comprar pra ele, mas não era papo de vendedor. Enquanto víamos as bombas, simplesmente o carro sumiu do pátio. Na volta perguntei ao tal vendedor e ninguém sabia de nada. Pareceu que foram guardar o tesourinho.

Um exemplo hipotético de como funciona o mercado da picaretagem: digamos que o carro valha pela tabela R$ 19mil. O garagista compra o carro batido por 9mil. Se ele fosse reformar direito, com um bom funileiro, peças originais, o conserto iria custar, digamos 7 mil. Total: 16 mil. Se ele vendesse o carro a 19 ganharia 3 mil. Estaria justo. Mas não, o cara reforma igual a bunda dele, usa peça de desmanche, de quinta categoria, gasta 4 mil e vende por bom e lucra o dobro. Ele é obrigado a dar 3 meses de garantia, e dentro disso a bomba não explode. Depois, boa sorte.

Mas e porque não levar a sério essa profissão, Car Hunter? Primeiro tenho amor a vida e esse negócio de usados é from hell, na boa. Segundo porque só entendo o básico de mecânica, não poderia garantir o carro 100%. Mas em duas visitas consegui suscitar ódio mortal dos vendedores. Não tem problema, é recíproco.

O foda da situação é que os bons carros, originais ou bem tratados, geralmente acabam na mão de pessoas malvadas e feiosas. E as pessoas de boa índole, que não são obrigadas a entender do negócio e só querem comprar seu carrinho, acabam muitas vezes comprando um câncer. Isso não está certo.

quarta-feira, junho 03, 2009

Sonho da Noite Passada


...eu estava andando em um local estranho, era parecido com mato, mas não haviam muitas árvores. Ao mesmo tempo acontecia minha festa de aniversário de 20 anos atrás. As crianças, inclusive o mini-eu, não percebiam, mas o local estava cheio de teias de aranha espalhadas estrategicamente entre as árvores.

Mas como as aracnídeas eram bem pequenas não me preocupei e resolvi sair dali. Comecei a me desembaraçar da trama de teias, mas, ao contrário da minha vontade, elas começaram a grudar. E as pequenas aranhas começaram a se dirigir à sua nova presa. Bate daqui, espanta de lá, e as pequeninas não paravam de vir. Um leve pânico torna-se desespero quando esmago uma aranha marrom que acaba de me picar.

Começo a correr, pessoas me oferecem ajuda e eu recuso dizendo que primeiro queria passar em casa. Corri.e corri. E comecei a cansar, a vista começou a embaçar. Paro um pouco para descansar. Corro mais um pouco e começo a apagar... não há mais ninguém para ajudar agora.

Olho pra frente, é um lugar bonito. Uma espécie de vale, em desnível, quase uma cratera cercada de árvores, com muita grama verdinha.

-Será que é isso, assim que termina? Pra não acabar de qualquer jeito, uma última e suculenta refeição pra vista? A puta que lhe pariste! Já vi coisa bem melhor, vou levantar e fugir daqui!

E fui embora em direção da...

(foto - SXC)

quarta-feira, maio 06, 2009

E no mais?



Nem tudo está bem. E nem tudo está ruim. Mas, sabe, hoje parece que sim.

Tem o sol, que é um cara bacana. E hoje ele está brilhando como nunca, só que não ilumina. Tem a comida, saborosa, mas não estou muito afim dela. Tem o trabalho, que nunca foi tão bom, mas hoje parece tão cansativo. Tem a faculdade. Finalmente estou onde queria. Será? Tem os amigos. Caralho, estes não tem preço.

E tem ela. Bem, parece que não tem mais. Tinha, mas acabou. E assim foi.

E tem os olhos. Ah, mas esses vêem demais, em especial o que não deveriam. Coisas que não importam. Coisas que importam demais, mas são só mais um frame na retina, estão cada vez mais longe. E são olhos que, infelizmente, enxergam melhor o que está longe. Talvez a hipermetropia.

Então os olhos assumem outra função. Ficam inseguros, passam a olhar para o chão. Também gostam de ficar fechados. De súbito, tudo escurece e quando se abrem estão estranhamente úmidos. Mas, não o suficiente para que o líquido exerça sua natural fuga. Não. Não há tempo, não há espaço, não há motivos. Assim é o mundo. O meu.

domingo, abril 26, 2009

Gírias Duvidosas


Dois anos atrás estava conversando com um funcionário de uma empresa e soltei a seguinte:

-Você é um cara cobra, resolve tudo que é pepino.
-Cobra? Como assim?

Como ele é uns 10 anos mais velho que eu, pensei que fosse uma gíria jovem pra ele. Mas essa semana tudo se esclareceu.

Tenho um professor que dá aula pra publicidade como se estivesse na década de 70. “Gente, se o cara for abrir uma franquia deste porte usando catálogos, tem que ser cobra”. Ou seja, usei uma gíria um pouquinho defasada. Muito old school, saca?

Como há tempos deixei de ser jovem e há tempos possuo a síndrome da não formatura universitária, acontece o seguinte. Convivo com pessoas mais jovens e descoladas que eu. E minhas gírias ficam entre estes dois mundos, os cria(teen)vos da comunicação e o meu mundo, com dor nas costas e barriga de cerveja. Ok, este último foi uma força de expressão.

Uma shortlist de gírias e expressões duvidosas e que ainda uso às vezes, foda:

-Legal: acho que não há problemas, mesmo pq deixou de ser gíria. Mas não passa confiança. Bacana é mais adequado, mas não sei por quanto tempo.
-Massa: lembro do exato dia que ouvi essa gíria, eu tinha 12 anos, faça as contas.
-Jóia: quase não uso, mas quando uso fico deprimido nos 30 minutos seguintes.
-Velho: brother seria mais adequado
-Rachide: ninguém mais faz rachide, é mais usual a intera.
-Boate: não sei qual seria equivalente. Balada é muito genérico, sei lá.
-Almoçar: veja, essa juventude não almoça mais, ranga. Essa gíria pode ter conotações safadinhas também.
-Detonar: sem comentários
-Nada a ver: acho que não tem nada a ver.

Tesão, curti este post, achei ducaralho. Agora ajuda ae pô, manda ver na gíria você acha cagada.

sexta-feira, março 06, 2009

Dança do ET

Como prometido, apesar de não acreditar que esteja postando isso de verdade, mas1 como acho que tenho vocação para pagar micos, mas 2, isso é assunto para o outro post, com vocês, a dança do ET!


Recomendo essa dança para aquela situação em que você está se portando de maneira absolutamente normal, tentando interagir com as pessoas na balada, mas ninguém faz questão de notar sua existência.Talvez alguém preste atenção em você. Boa sorte e espero que não seja o segurança do boteco.


Câmera Man: H, João Henrique The Pool

Powered by: AmBev

Sound: Rockafeller Skank – Norman Cook


segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Blog: David after Dentist

Olá pessoas,

peguei pesado no último post (prometo não postar mais nada depois
de baladas etílicas). Alguns leitores cogitaram suicídio. Outras
homicídio. Mas em geral espero que queiram ver a dança do ET.

Então, para mostrar que o mundo é um local bacana, vejam
este vídeo mui divertido (originalmente no Updaters).

E a dança do ET é um compromisso como a Casas Bahia tem com os
preços baixos. Vou filmar, um dia, rs.

domingo, fevereiro 01, 2009

Operação ET



Como funciona: você está decidido a sair na night.
Mas, ou:

-É tarde da noite
-Se
us amigos estão sem grana
-Seus amigos têm outros compromissos
-Seus amigos estão casados
-Seus amigos estão dormindo
-Seus amigos estão viajando
-Seus amigos não são tão amigos
-Na verdade você não tem amigos
-Bem na real, todo mundo te odeia
-Você não passa de uma babaca
-Você não tem amigos, é uma escória ambulante
-Você é pobre (as mulheres tem menos orga
smos segundo pesquisas chinesas)
-Você é velho ou tem rugas visíveis, e é pobre.

Então você sai sozinho. Começa a operação ET. Todos vão lhe tratar como um extra-terrestre. Vão achar que você é um loser (sim, você é um loser). Alguns vão achar que você não passa de um psicopata que dança músicas dos anos 80. Vão revistar você na entrada do bar. As pessoas com deficiências físicas/mentais vão achar você cool.

Só resta você fazer a dança do ET (no próximo post).


quinta-feira, janeiro 22, 2009

Porque me Tornei uma Mosca



E, como eu queria muito, acordei em 2009 em forma de uma mosca. Aviso ao Gregor Samsa: você deu azar. Agora vôo para qualquer lugar, que não tenha mata-moscas nem muitos pássaros esfomeados, é claro, e posso ver o que se passa na vida dos outros.

Não é fácil ser uma mosca, ou mosco no meu caso. Dizem que mosca adora botar bernes na cabeça dos outros, ou passear pelas bostas alheias e depois pousar em ensopados. Mas estou aqui como porta-voz desses bichinhos voadores para dizer que somos apenas curiosos. Ingemar Jansson me confessou que perdeu toda sua curiosidade, mas eu não queria ir pelo mesmo caminho. Então me tornei uma mosca.

Ser uma mosca é um grande remédio para a minha timidez. Posso primeiro te observar para saber como você é e evitar constrangimentos, como ficar sem assunto, por exemplo. E aos poucos vou deixando pra trás aquela casca anti-social que havia até então. Só que tenho que me esforçar. Como é da minha natureza ser fechado, não é da minha natureza ser uma mosca.

Com aquele corpo grande e desajeitado não conseguia entrar na vida de ninguém. Precisava me socializar, por isso estou aqui para dizer: qualquer dia passo na sua casa e você está convidado para vir até a minha. Mas nada de chinelos Havaianas, nem de qualquer marca, sou chinelofóbico. Fora isso, olá, tudo bem?

Feliz 2009!