segunda-feira, novembro 12, 2007

Filme: O Cheiro do Ralo




Rolou a excepcional segunda-feira do pobre na rede Cinermark esta semana. O projeto apresentava filmes nacionais a preço único de apenas, dois realzitos.Eu, que adoro uma promoção, tive a oportunidade de ver um filme muito do caralho e que já estava fora de cartaz, O Cheiro do Ralo.

Conta com Selton Melo no elenco, e ele manda ver. Muito bom.Fora ele, o roteiro é muito louco, trazendo situações bizarras e fora do que estamos acostumados a digerir lá da terra do Mc Donalds. Mas isso nãoquer dizer que seja inacessível. Apesar de um pouco estranho, dá pra dar muitas e ótimas risadas. É o tipo de de coisa que gosto, bom de ver sem ser superficial.

O personagem principal é um cara que tem um depósito e compra de tudo o que as pessoas levarem até lá. É tudo meio absurdo, o filme só mostra ele comprando, nunca vende nada e a forma com que ele avalia as mercadorias só faz sentido paraele. Ah, a pira do cara é comprar a bunda de uma garçonete, literalmente. Isso dá um bom roteiro. Tem em DVD na Vídeo 1 e na Cartoon.

Tropa de Elite também recomendo, no caso para quem não estava no planeta terra e não pode ver ainda.

quarta-feira, outubro 03, 2007

Raimundos, porra!


Este é um post revoltado, pois acabei de ouvir o cd do Raimundos “Lavo Tá Novo”, com o volume adequado.

Na época que o Raimundos faziam sucesso, os críticos os chamavam de sexistas, machistas e que a banda era uma merda. Bom, se a banda deixava os sexo à flor da pele o mesmo acontecia com a hipocrisia dos intelectualóides frescóides de plantão. Quanto às mulheres que não gostam tanto de pau, acho que podiam ouvir Los Hermanos ou mesmo entrar na sapataria mais próxima. Prova de que as mulheres gostam de pinto, é o fato de que os shows lotavam de mulheres. Também é possível observar que ainda nascem bebês.

Puta merda, uma banda de rock brasileira que não soe como Lulu Santos acelerado era coisa rara, o som deles era ótimo em termos técnicos e pop. Aquela barulheira de guitarras, bateria e tudo que podemos chamar de rock, até então causava alergia aos ouvidos suaves e suingados da brasileirada. Mas eles conseguiram finalmente fazer rock no reino de Sangalo.

Pega essa porrada de CPM22 e cópias pioradas que estão fazendo “sucesso” e compare com as letras dos Raimundos. Regionalismos, letras bem escritas e sacadas simplesmente esmagam esse lixo chocho classificado atualmente de rock.

Só não peço a Deus para que volte o Raimundos porque foi culpa dele a saída de Rodolfo. Na boa tradição do rock, que o cramulhão ilumine de preto a vida dele e faça-o voltar ao Raimundos.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Atari x Mosca

Li numa revista certa vez que o subconsciente ou inconsciente ou sei lá que parte do cérebro das pessoas reconhece games como realidade. Mas eu descobri que isso pode ser pior. Estava eu jogando um game que me marcou na infância, o Phoenix (nós líamos “Poeníx” em Pinhalzinho) num saudoso emulador dos Atari.

Pois bem, estava eu a caçar os monstros(?) voadores quando comecei a ser atacado por uma mosca na vida real. Começou uma cena doidera total mesmo, sério: ao mesmo tempo que tentava matar meus inimigos virtuais usava meu mata-moscas para atacar a mosca. Mas eu estava bem mais preocupado em bater meu recorde do que eliminar o inseto. Isso lança uma nova luz sobre os quesitos games, cérebro e ciência como um todo.

Acredito que o cérebro leva mais a sério o mundo virtual que o real. Se a mosca me atacasse poderia pegar alguma doença contagiosa. Ou então se ela me picasse, convenientemente, poderia pegar um berne. Ou vários! Mas ao invés de me defender do perigo iminente, continuei jogando. Preciso avisar a Super Interessante, eles precisam publicar isso.

sexta-feira, agosto 31, 2007

Simetria na cara

Há uns anos atrás, vi uma matéria na TV que falava da simetria do rosto das pessoas. Como isto não é nenhuma novidade, vou relatar uma obsessão que acabei sofrendo. Então, recomendo a quem tiver tendência a TOC que não leia o que vem a seguir.

A matéria falava que a beleza está relacionada à simetria do rosto e corpo como um todo. Quanto mais parecidos nossas metades, tendemos a ser mais belos.

A princípio, isto se tornou um parâmetro a mais para julgar a beleza alheia. Mas com o tempo isso começou a influenciar demais no meu dia-a-dia.

Primeiro, algumas pessoas que eu achava bonitas tornaram-se distorcidas, tortas. Começou a ficar mais difícil de considerar alguém belo, principalmente as mulheres tornaram-se alvos fáceis. Chegou ao ponto de eu não conseguir conversar direito com alguém que tivesse a cara meio desalinhada, principalmente se os olhos fossem fora de prumo.

Tornou-se uma obsessão, eu acabava analisando simplesmente todo mundo, inclusive eu. Cheguei a ponto de não conseguir me olhar direito no espelho. Era como aquela música chata que grava na cabeça, ou quando você percebe a própria respiração e ela deixa de ser voluntária. Quanto mais você tenta esquecer, mais fica gravado em sua mente.

Mas isso foi útil em alguns aspectos. Primeiro percebi, que em filmes e novelas dificilmente alguém é enquadrado de frente, geralmente é um ângulo que mostre a fronte e a lateral do rosto. Isso ajuda a disfarçar os tortinhos.

Por outro lado não conseguia mais ver telejornais, porque os apresentadores estão sempre de frente. Acho que são eles os mais expostos e colocados à prova de suas simetrias ou assimetrias.

Se alguém estiver com vontade de ir até o espelho agora, pense melhor.

terça-feira, agosto 28, 2007

Tribaltech 2007




Sou um recluso, então como me levar a uma festa eletrônica? Com convites vip, ora buelas. Eu e minha namorada somos VIP. Ela, Very Important Person, eu, Very Insignificant Person. Logo, ela que tinha os convites.

No evento, perguntei à minha namo se era o bom o set que estava rolando, era um tal de Gui Borato (ficaria mais feliz se fosse Borat). Ela disse “nossa, essa música é fantástica”. Pensei “isso quer dizer que o equipamento não está no repeat, são músicas diferentes rolando”. Por outro lado se tivesse a levado ao show punk do 7Seconds ela iria pensar “porque eles dão uma pausa e repetem a música?”.

Depois comecei observar as pessoas e perguntei se elas estavam sacando as sutilezas que tornavam o set tão do caralho. “Não, duvido muito”. Realmente ninguém estava com cara de se divertir de verdade, praticamente nem dançavam, estavam mais preocupados em observar-se.

Percebi que a diversão dos VIPs é mostrar o quanto são powerful. Ah, tá, isso eu já sabia. Mas como não freqüento eventos VIP, senti pela primeira como a estrutura é bem pensada. Olhei para meu Allstar e orei para o reverendo Greg Graffin “volta Bad Religion”.

Dias depois pensei com mais calma e vi que não podia achar idiota o evento e seus VIPs. Não tinha esse direito. Freqüento eventos de carros antigos e acho o máximo. Sempre sonho com o momento em que vou possuir meu Passat LS 78 original e com uma roda legal e suspensão rebaixada estilo Dub e mostrar quem manda bem nesta merda, suckers!

Bem, cada um mostra o falo à sua maneira.

sexta-feira, junho 01, 2007

Aroma ou sabor do café, qual você prefere?


Café com leite, que aliás é algo que nem posso beber, é minha bebida preferida no inverno e muitas vezes no verão também. Mas o café tem um lado frustrante e subversivo ao meu ver.

É que eu prefiro o aroma do café ao sabor dele. Mal termino de prepará-lo e sei que o quê vou beber não é tão bom quanto o aroma. Talvez ainda não tenha tomado o melhor café do mundo, mas enquanto isso não acontecer, acho mais interessante o cheirinho de café que preenche o ambiente da casa. Já cheguei a sair do ap, dar uma caminhada e voltar apenas para sentir a casa impregnada com o aroma. Acho que vou fundar o CCC, Cheiradores de Café Crônicos.
E você, prefere o aroma ou o sabor? Se quiser, deixe um recado com “sabor” ou “aroma” e contribua para acabar um pouco com esta minha dúvida atormentadora e inútil.

segunda-feira, maio 28, 2007

Os dois lados do USB

Eu, conhecedor do básico do básico sobre computadores, divido a era da computação em pré e pós USB.

Antes do USB, conectar alguma coisa ao micro era uma grande jornada. Era necessário abrir o gabinete, colocar uma placa controladora (nem sempre) e aí instalar o treco usando uma interface esquisita. Depois de todo esse processo, o resultado era algo que não funcionava e exigia a chamada de um técnico. Maravilhoso.

Aí inventaram o tal do USB. Isso sim é que é maravilha. Você conecta até o seu cachorro e ele começa a latir nas speakers do desktop. Mas sempre há um porém.

Quando vou conectar o cabo, nunca acerto o lado e tenho que girar o plug para acertar o USB. Aí vem o questionamento: Por que não fizeram o plug assimétrico, como nas câmeras fotográficas? Eu acredito em duas opções.

Primeira: a idéia do USB é tão boa, tão cômoda, que os inventores, que precisaram criar algo que poupasse todo o trabalho do usuário ao conectar algo ao micro, não podiam deixar barato e criaram uma diversão. Saber que em 50% dos casos os usuários se enganam ao conectar a p@$*& do cabo.

Segunda: os designers do plug USB têm a mãe na zona.


Foto: www.sxc.hu

sexta-feira, maio 25, 2007

O Fim das Coisas


Eu tenho uma leve preocupação quanto ao futuro. Agora ela pode parecer bobagem, mas talvez, mais adiante, torne-se uma realidade.

Eu devia ter uns 8 anos e meu pai comprou um computador, um CP200. Para carregar um programa era necessário usar um gravador de fitas K7, sim, aquelas usadas até a década de 90. Também tinha que ligar na TV. Ainda lembro de mim e minha irmã surpresos “nossa, o que a gente digitar vai aparecer na TV? Todo mundo vai ver?”. Meu pai tinha a preocupação de se manter atualizado naquela época. Hoje não tem mais tanto interesse por computadores.

É bastante comum pessoas que nasceram antes do inicio dos PCs não gostarem deles, acha-los complicados e pouco amigáveis, a despeito do que diz o Sr. Gates. Eu também acho que às vezes o Windows prega umas peças. Por outro lado a interface é trocentas vezes melhor que o MS-DOS. Discussões a parte, para mim computador não é um bicho de sete cabeças. Ah, estou falando apenas de operação. Programação... bem programação é meio complicado, =)

Se operar um PC me parece simples hoje, será que no futuro próximo, quando não houver mais mouse e teclado, e os comandos forem feitos telepaticamente, o WiFi entre cérebros for algo super normal, será que não vou sentir saudades de pegar meu velho Pentium e digitar um texto para um blog? Ah, meio logo blogs também não vão mais existir e sabe por que? Pois no pós-modernismo tudo é efêmero, ora bolas. Talvez alguém me responda esse post dizendo que blog é coisa do passado, que o quente agora é sei lá o quê e por aí vai. Normal.

quinta-feira, maio 17, 2007

Terror no Putz


No dia 16 de maio fui na abertura do Putz ver o filme da Marina Peson,
“Memórias de Person”, que fala da vida do seu pai. Até aí tudo bem, gostei do filme e ela foi muito simpática na entrevista ao vivo (apesar de parecer bem cansada). O problema foi que eu acabei participando de uma cena de filme de terror.

Estava aguardando tranqüilamente a entrevista da Marina quando senti uma vontade irresistível de ir ao banheiro. Sai da sala e fui até o banheiro do Cine Luz. O banheiro é limpo e talz, but tem cara de várias décadas atrás, o que dava um certo clima de filme do Zé do Caixão.

Como os dois mictórios estavam ocupados optei por usar o “cercadinho”.
Estava quase terminando o serviço quando desligaram a luz. Nem deu tempo de gritar “Ô mane, liga a luz ae”, só ouvi o barulho da porta se fechando. Breu total. Um leve calafrio.

Terminei minha missão e tive a brilhante idéia (olha o trocadilho aí, gente!) de usar a famosa lanterna do meu celular. Putz (trocadilho parte 2), eu tinha deixado ele com minha namorada na sala de cinema. Calafrio parte 2.

Ok, nada de Pânico, é só ir em direção ao interruptor e acender a luz. Mas aí eu ouvi um tipo de sussurro, como alguém falando baixinho no celular. Senti que havia mais alguém comigo no banheiro... medo. Esperei alguém entrar e acender a luz, mas ao invés disso só a escuridão.

Abri a porta e dei dois passos bem pesados dentro do Box pra ver se alguém se mexia na frente do interruptor fluorescente para vir em minha direção. Nada. Pensei, “esse assassino é mais esperto do que eu pensava”. Fechei o box e esperei mais um pouco. Como ninguém entrava resolvi me encher de coragem, sair e enfrentar o inimigo.

Coloquei as duas mãos sobre a cabeça esperando o golpe de machado e fui saindo lentamente do box. A tensão crescia. Eis que surge meu carrasco: um cara entra no banheiro velozmente, liga a luz e me vê meio encolhido com as mãos protegendo a cabeça.
Cocei a cabeça e fiz que não era nada de mais. Ah, não lavei a mão, pois estava com muita pressa.