quarta-feira, outubro 03, 2007

Raimundos, porra!


Este é um post revoltado, pois acabei de ouvir o cd do Raimundos “Lavo Tá Novo”, com o volume adequado.

Na época que o Raimundos faziam sucesso, os críticos os chamavam de sexistas, machistas e que a banda era uma merda. Bom, se a banda deixava os sexo à flor da pele o mesmo acontecia com a hipocrisia dos intelectualóides frescóides de plantão. Quanto às mulheres que não gostam tanto de pau, acho que podiam ouvir Los Hermanos ou mesmo entrar na sapataria mais próxima. Prova de que as mulheres gostam de pinto, é o fato de que os shows lotavam de mulheres. Também é possível observar que ainda nascem bebês.

Puta merda, uma banda de rock brasileira que não soe como Lulu Santos acelerado era coisa rara, o som deles era ótimo em termos técnicos e pop. Aquela barulheira de guitarras, bateria e tudo que podemos chamar de rock, até então causava alergia aos ouvidos suaves e suingados da brasileirada. Mas eles conseguiram finalmente fazer rock no reino de Sangalo.

Pega essa porrada de CPM22 e cópias pioradas que estão fazendo “sucesso” e compare com as letras dos Raimundos. Regionalismos, letras bem escritas e sacadas simplesmente esmagam esse lixo chocho classificado atualmente de rock.

Só não peço a Deus para que volte o Raimundos porque foi culpa dele a saída de Rodolfo. Na boa tradição do rock, que o cramulhão ilumine de preto a vida dele e faça-o voltar ao Raimundos.

3 comentários:

  1. Esses dias também estava escutando. Olha. Se eu encontrar o Rodolfo na rua eu me ajoelho e peço pra ele voltar.

    O tempo está provando a lacuna deixada pelos Raimundos.

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  2. Nao vou interpretar nem atribuir significados ou leituras ao som dos Raimundos, deixo isso pra algum intelectual ranzinza que esteja fazendo mestrado. Eles faziam som pesado e irresponsavel pra se divertir, e eu me divertia irreponsavelmente com o som deles. Num show na pedreira vi eles abrirem pro Sepultura que tocou sob uma tempestade que parecia o diluvio (pro Rodolfo deve ter sido um sinal do ceu, talvez o inicio da conversao).
    Ninguem comenta que o Mussum vivia bebado tomando mé, nem que o Didi tirava um sarro dos homossexuais dizendo que eles camuflam e escamoteiam. Mas hoje vivemos tempos hipócritas e rabugentos, com cartilhas de termos politicamente corretos usados contra quem estiver com o seu na reta.
    Em vez de velho intelectual rabugento prefiro virar tiozão como o imitado no inicio de Puteiro em Joao Pessoa: Isso num é rock nao, eu quero é rock minino... Nanana é o diabo!

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