segunda-feira, novembro 23, 2009

Ataque do Pombo

Hoje durante o banho, por estar calor o suficiente, deixei a janela aberta. Tudo transcorria bem, havia xampu, sabonete e água. Costumo lavar o cabelo no final do processo e no instante em que estava no ápice da espuma ouço um barulho que costumo ouvir bastante nas praças da cidade, o bater de asas característico dos pombos. Mal identifiquei esse som e senti que o bicho havia entrado com tudo no box do banheiro e resolver voar um pouco comigo.

Abro os olhos e a espuma naturalmente entra no meu olho. Mas deu tempo de ver que o pombo estava caindo aos pedaços. Entre tentar me livrar da espuma e do bicho, ouve contato físico, infelizmente. Ele se debatia bastante, mas foi diminuindo o ritmo aos poucos, o suficiente para eu sair do box. Enquanto trancafiava o maldito ser, fui terminar de tomar banho na pia.
Eu estava com sujeira e penas pelo corpo, além de um fedor que ia me enjoando aos poucos. Me contentei em lavar o rosto enquanto o bicho foi se acalmando. Puxo a porta do box com calma e lá estava ele, parado de lado, como se estivesse morrendo. Ele estava morrendo. Estava também quase sem penas, com uma pata torta (parecia quebrada cuidadosamente) e apenas um olho. O outro olho, fui perceber que estava colado atrás do meu ombro no dia seguinte.
O pombo estava ainda respirando, pelo movimento do peito. Como ele ia morrer, me comovi e fui chegando mais perto. Ele aos poucos foi levantando a cabeça como se fosse me falar algo, ao estilo dos filmes americanos onde morrem pessoas importantes. Sinto que ele está se contraindo, vai dar o último suspiro. Um pouco mais de tensão e ouço um barulhinho: bang. De sua bundinha sai uma caixinha amarelinha bem pequenininha. Pego o bicho já morto e com cuidado coloco ele no vaso sanitário. Dou o descarga e um adeus.
No chão do box, do meio da merdinha, retiro a tal caixinha amarelinha bem pequenininha e limpo cuidadosamente. Começo a perceber o logotipo conhecido da Fedex aparecer. Não havia endereço, nem identificação do lado de fora. Dentro há um papel com um endereço escrito a mão, bem pequenininho.

10 comentários:

  1. isso me parece a história do edgar alan poe 1

    sedex é uma merda 2

    nooooooooooooot, preciso dessa história com bera 3

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  2. bahhhh, o que foi isso? rsss

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  3. po, vc lava o cabelo por ultimo!! tem q lavar primeiro! (ignorando a historia do pombo)

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  4. Cara, eu chorei de rir com essa história! Muito boa! Isso tinha que acontecer mais vezes Henrique, pelo menos uma vez por mês.
    Imagine se ele resolvesse dar aquela bicana na sua BENGA! HAHAHAHA!
    Aí sim, seria uma história do CARALHO!

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  5. é cara...eu concordo com a pessoa de cima, que fez um comentário sobre o quão bizarro é o hábito de lavar o cabelo por último. Eu só vou dizer que a história do pombo foi massa porque você é meu amigo, mas na verdade o que mais me despertou a atenção no texto foi mesmo essa coisa do seu "estilo de tomar banho", saca?
    huuhauhauhauha...

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  6. eu ri do começo,
    me preocupei no meio
    e fiquei puto no fim
    Malditos pombos de histórias
    que nunca cumprem seus deveres
    como os de verdade!

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  7. qual é o endereço?

    tb acho q deveria lavar o cabelo no começo.
    Mas dei mta risada (uma risada alta no trabalho. Maldito!)

    bjos

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  8. Caramba!! fiquei apreencisa e tensa a história toda! Boa hitória!
    Eu odeio pombos...

    Abç

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